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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Tsunami solar dispara jato de plasma rumo à Terra

Depois de um longo período de dormência, o Sol pode estar acordando.

Na madrugada de domingo (01/08), todo o lado do Sol virado para a Terra experimentou um tumulto de atividades em cadeia, criando uma erupção solar de classe C3 – um autêntico tsunami solar.

O jato de plasma deverá chegar na Terra na manhã desta quarta-feira, dia 04 de Agosto.

Ejeção de massa coronal

O fenômeno gerou múltiplos filamentos magnéticos, que se elevaram da superfície estelar, uma agitação em grande escala da corona solar, explosões de ondas de rádio e uma ejeção de massa coronal.

Esta erupção solar em larga escala – catalogada pelos cientistas como Mancha Solar 1092 – ejetou toneladas de plasma (átomos ionizados) para o espaço interplanetário.

E esse plasma está dirigido diretamente no rumo da Terra, onde deverá chegar criando um show espetacular de luzes na forma de auroras boreais e austrais.

Infelizmente não é só isso. Os efeitos poderão ser sentidos também pelos sistemas de comunicação, principalmente via satélite, e até mesmo pelas redes de distribuição de energia.

Tsunami solar

Observar o Sol entrar em erupção numa escala global entusiasmou a comunidade internacional de físicos, que agora dispõem também do observatório solar SDO (Solar Dynamics Observatory), da NASA.

Os cientistas acreditam ter dados suficientes para tentar decifrar a complexa sequência de eventos, detectando sobretudo os eventos primários que deram origem à tsunami solar.
A mancha solar foi tão grande que pôde ser vista sem o auxílio de um telescópio solar. Oleg Toumilovitch, na África do Sul, fotografou o evento com uma câmera digital comum.

Quando uma erupção desse tipo, chamada de ejecção de massa coronal, chega à Terra, ela interage com o campo magnético do nosso planeta, potencialmente criando uma tempestade geomagnética.

As partículas solares guiam-se pelas linhas desse campo, dirigindo-se para os pólos da Terra, onde colidem com átomos de nitrogênio e oxigênio na atmosfera, que em seguida brilham na forma de luzes dançantes, as auroras.

As auroras são visíveis normalmente apenas em altas latitudes, embora, durante uma tempestade geomagnética, as auroras possam também iluminar o céu nas latitudes mais baixas.

Ciclos do Sol


O Sol tem um ciclo regular de atividade que dura em média cerca de 11 anos.

O último máximo solar ocorreu em 2001, o que tornou seu mínimo mais recente particularmente duradouro e com atividade abaixo da média mesmo para esses mínimos.

Esta erupção em larga escala é um dos primeiros sinais de que o Sol pode estar acordando e caminhando para um outro máximo. 

Marte tinha oceano que cobria 36% do planeta

Dois novos estudos trazem mais evidências de que Marte, um dia, foi coberto por um grande oceano.

Integrando dados da NASA e da Agência Espacial Européia, obtidos pela sonda que orbita o planeta, cientistas concluíram que este oceano cobriu cerca de 36% do planeta e continha 30 milhões de metros cúbicos de água.

Isso teria formado uma camada de 550 metros de profundidade. O volume lá seria 10 vezes menor do que atualmente temos na Terra, embora Marte tenha pouco mais da metade do tamanho do nosso planeta.

Os resultados obtidos pelos pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder, Estados Unidos, indicam também que o planeta possuía um ciclo hidrológico similar ao da Terra, incluindo precipitações, formação de nuvens, gelo e acúmulo de água subterrânea.
Vista da região do polo norte marciano, região rica em gelo: novos dados confirmam existência de hidrosfera no passado

A ideia de um oceano no planeta vermelho vem sendo amplamente divulgada, e desafiada, ao longo das ultimas últimas duas décadas. No entanto, esta é a primeira vez que é feita uma análise tão ampla de características relacionadas à presença de água, como dados de depósitos e de vales de rios. Os pesquisadores usaram o sistema de informação geográfica (GIS) para mapear o terreno de Marte e encontraram mais de 52 deltas de rios que estavam quase na mesma elevação (e alimentam inúmeros vales). Com base nisso, a equipe liderada por Gaetano Di Achille, que publicou seus resultados na Nature Geoscience, acredita ter encontrado os limites do oceano. Exatos 29 desses 52 deltas estavam conectados ou com um antigo oceano em Marte ou ao subterrâneo e a diversos grandes lagos adjacentes.

Mas este não é o único estudo que reforça a idéia de um grande oceano na chamada era Noachian, há mais de três bilhões de anos. Uma segunda pesquisa da Universidade, liderada por Brian Hynek e publicada no Journal of Geophysical Research – Planets,Hoke , detectou cerca de 40 mil vales de rios em Marte. Este número é quatro vezes maior do que o identificado anteriormente, e esta quantidade de vales indica a existência de muita precipitação em Marte.

Juntos, esses resultados embasam a teoria de que havia uma um ciclo de água no planeta, que integrava vales, deltas e oceano. A principal pergunta que os pesquisadores tentam agora responder é: onde foi parar toda essa água?